16 de junho de 2019
Professora
Assim, em fevereiro passado o governo do presidente ultradireitista deu a conhecer a decisão de encerrar Mais Médicos. O Times citou dados da Confederação Nacional de Municípios, os quais indicam que 28 milhões de pessoas em todo Brasil viram reduzido consideravelmente seu acesso à atenção de saúde depois desses fatos.
Ligia Bahia, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, declarou ao jornal que, em vários estados, as clínicas de saúde e seus pacientes não têm médicos. “É um passo atrás. Impede os diagnósticos precoces, o rastreamento das crianças, as gravidezes e a continuação dos tratamentos que já estavam em marcha”, afirmou.
Ao redor da metade dos doutores do mais Médicos eram de Cuba, e deslocaram-se em 34 aldeias indígenas remotas e nos bairros mais pobres a mais de quatro mil localidades e cidades, lugares em grande parte rejeitados pelos profissionais brasileiros, acrescentou o jornal.
‘A disposição dos médicos cubanos para trabalhar em condições difíceis converteu-se em uma pedra angular do sistema de saúde pública’, expressou Bahia à publicação.
De acordo com um relatório da OPS, nos primeiros quatro anos a mais Médicos, a percentagem de brasileiros com atenção primária aumentou de 59,6 a 70 por cento.
A saída dos cubanos poderia reverter essa tendência, com consequências especialmente graves para os menores de cinco anos, e poderiam provocar a morte de até 37 mil crianças pequenas para 2030, advertiu Gabriel Vivas, um servidor público da OPS citado pelo jornal.