Da redação
A vitória por 3 a 1 sobre a LDU, ontem, no Maracanã, empolgou a torcida do Flamengo. O rubro-negro, apaixonado e eufórico por natureza, esperava um triunfo com uma boa exibição na Copa Libertadores, competição que se tornou uma verdadeira obsessão pelos lados da Gávea. Ele veio – apesar dos gols perdidos -, e mostrou que no time o futuro ainda tem tudo para repetir o passado.

A melhor atuação de 2019 teve um Diego na “função de 10” tão cobrada, um Everton Ribeiro como destaque e um Diego Alves nos seus melhores dias. Todos os três já com uma trajetória no clube e que tiveram a titularidade seriamente ameaçada na virada do ano. No que depender de Abel Braga, eles serão a base para a sequência da temporada.
Não se discute a qualidade do meia Diego. Desde que chegou ao Flamengo, o jogador se identificou e agradou aos torcedores com a sua personalidade. A forma de se expressar, a liderança, tudo conta a favor do atleta na relação. Mas, a partir do ano passado, a coisa mudou de figura. Ele acumulou atuações ruins e passou a ser questionado por não fazer a função que dele se esperava.
A torcida sonha que Diego seja o meia clássico. Aquele cara capaz de colocar o atacante em condição com um passe, que se desmarque com um toque. Que seja, de fato, o responsável por mudar o Flamengo em uma jogada. Contra a LDU, ele conseguiu. Ainda que tenha cometido um pênalti na primeira etapa, a torcida só se lembrará do giro que tirou dois adversários da jogada no meio de campo e da chegada ao ataque para num toque “quebrar” a defesa e colocar Everton Ribeiro em condições de abrir o placar.
O Diego, que lembrou o passado, é o que a torcida espera ver mais vezes em um ano tão sonhado. É o jogador em quem Abel confia e, por isso, colocou Arrascaeta – a maior contratação da história do clube – no banco de reservas. Sobre Diego, passes para o lado e recuos não bastam. Ele pode dar muito mais do que isso. É o que os rubro-negros tanto cobram, e puderam desfrutar ontem.
Fonte: Uol