Da redação
Depois de se tornar a 6º maior economia do mundo durante os governos Lula e Dilma Rousseff, ambos do PT, o Brasil vem perdendo posições nos principais rankings de economia e desenvolvimento no mundo ano após ano. Agora é a vez de perdermos posições entre as maiores industrias do planeta, caindo da 9º para a 14º colocação. Da Revista Forum.

Segundo o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), nos últimos 15 anos, saímos da nona para a 14º posição entre as maiores indústrias do mundo e, neste mesmo período, a participação brasileira na manufatura global caiu de 2,2% para 1,3%.
Ao jornal o Estado de S. Paulo, o economista do Iedi, Rafael Cagnin, explicou que a pandemia desestruturou o mercado mundial, mas que as grandes potências responderam de forma rápida com o plano de reestruturação dos Estados Unidos, a recuperação da União Europeia e as medidas tomadas pela China, por exemplo:
“Longe geograficamente desse eixo econômico dinâmico, todo o restante do mundo é coadjuvante, inclusive o Brasil e a América Latina. Nessa nova realidade, ser um mercado potencial não basta: é preciso concretizar e tornar realidade a promessa.”, afirmou.
Dessa forma, as grandes fábricas estão se deslocando para os países desenvolvidos e deixando o Brasil, um país hoje incapaz de garantir o fornecimento de energia elétrica.
“Qual o sentido de colocar sensores, robôs e inteligência artificial na produção, se a internet ou a energia caem quando chove?”, questiona. “Como é possível avançar em direção à sustentabilidade, se é preciso ligar um gerador movido a óleo com a ameaça de falta de energia?”, finalizou o economista.
ONU aponta Brasil como um país com dificuldade para acompanhar o PIB mundial
Se antes, nos governos de Lula e Dilma, éramos tidos como o país que ia puxar para cima o PIB mundial, hoje, segundo relatório da ONU (Organizações das Nações Unidas) publicado na última quarta-feira, 15, mostrando como o Brasil terá dificuldades para acompanhar o ritmo das principais economias do mundo na retomada do PIB (Produto Interno Bruto).
O relatório aponta que o Brasil deve crescer apenas 1,8% no ano de 2022, último ano do primeiro (e último?) mandato de Jair Bolsonaro.
O documento, inclusive, aponta os problemas políticos causados na gestão de Bolsonaro e as incertezas sobre as eleições 2022, como empecilhos para o crescimento econômico: “As forças negativas e a incerteza política associadas à próxima eleição presidencial brasileira provavelmente pesarão sobre as perspectivas em 2022, com o crescimento desacelerando para apenas 1,8%”, de acordo com o documento.