Da redação
A Reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL), a exemplo das mudanças nas leis trabalhistas, deve prejudicar ainda mais as mulheres negras, parcela da população que mais sofre com a falta de produção do direito do trabalho, a desigualdade salarial e o desemprego.

De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a cada ponto percentual a mais na taxa de desocupação, as mulheres negras são afetadas, em média, com o aumento de um 1,5 na taxsa de desemprego, enquanto que mulheres brancas têm um reflexo de 1,3 pontos percentuais.
Diante dessa desigualdade, os parâmetros mais rígidos de acesso aos benefícios, a ampliação do sistema de capitalização privada e o aumento no tempo de contribuição para acessar a Previdência de forma integral, com 40 anos, p´revisão na reforma, devem agravar ainda mais as disparidades de gênero e raça, principalmente em um país que não reconhece o racismo como um “fenômeno que produz desigualdades”, como explica a militante do Movimento Negro Adriana Moreira em entrevista ao Seu Jornal, da TVT.
“O Brasil nunca enfrentou o fato de que as mulheres, por exemplo, elas saíram do processo de escravidão e continuaram trabalhando no mesmo tipo de serviço”, adverte Adriana quanto à continuidade das formas mais precárias de trabalho e com mínimos direitos.
Fone: Rede Brasil Atual